Porto de São Francisco do Sul se manifesta sobre risco de desabastecimento
Autoridade Portuária não visualiza risco para a importação de fertilizantes e informa ações tomadas para tranquilizar o setor produtivo catarinense.
A administração do Porto de São Francisco do Sul se manifestou sobre o risco de desabastecimento de fertilizantes importados em Santa Catarina. O tema foi motivo de preocupação de entidades como a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).
Em nota oficial, a Autoridade Portuária “reitera seu compromisso com o abastecimento de fertilizantes para os produtores agrícolas catarinenses e brasileiros” e informa que “caso comprovado o risco da falta do insumo, é possível alterar a ordem de atracação dos navios”.
Fila de espera
Referente as reclamações de importadores sobre o tempo de espera de embarcações no porto, a Autoridade Portuária justifica:
“Em 2024, o tempo médio de espera de navios de fertilizantes para atracar em São Francisco do Sul é de 12 dias, de acordo com dados oficiais da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No último mês de julho esse tempo aumentou para 17 dias, em razão das condições climáticas.
Como é de conhecimento público as operações nos terminais portuários que trabalham com carga geral (granéis, fertilizantes e aço, por exemplo), como São Francisco do Sul, paralisam as atividades em razão da chuva. E, nos meses de julho e agosto de 2024, houve grande incidência de chuvas no Norte de Santa Catarina, além de uma extraordinária neblina de vários dias, o que ocasionou a suspensão das cargas e descargas de todas as mercadorias, causando maior espera na atracação”.
A Autoridade Portuária informa ainda que, na data desta reportagem, havia seis navios aguardando desembarque no porto catarinense.
Capacidade operacional
O Porto de São Francisco do Sul tem 03 berços públicos, sendo que 01 é dedicado exclusivamente para carga de grãos (berço 101), e os outros 02 (berços 102 e 201) são destinados a atender diversos segmentos de carga, inclusive fertilizantes, que tem atracação preferencial.
Um problema que impacta na fila de espera, segundo a Autoridade Portuária, é a limitação do berço 201, que comporta apenas navios de até 200 metros.
Como alguns importadores de fertilizantes têm enviado as cargas em navios maiores que 200 metros, os navios ficam limitados a atracar somente no Berço 102.
Sobre este tema, a Autoridade Portuária informa que existe um projeto de recuperação do Berço 201, que está em análise junto aos Operadores Portuários da região. Se aprovado, o berço terá condições de receber navios maiores no futuro.