Santos Brasil amplia frota de equipamentos elétricos com dez novos guindastes

Os dois portêineres e os oito RTGs que chegaram ao terminal da Santos Brasil no Porto de Santos foram trazidos da China.


Chegou ao Porto de Santos (SP), na manhã de quinta-feira (16), o navio Zhen Hua 35, proveniente do Porto de Xangai, na China, carregando dois novos portêineres (guindastes de cais) e oito e-RTGs (guindastes de pátio) que foram adquiridos pela Santos Brasil. Tratam-se de equipamentos elétricos, de última geração, que serão usados no Terminal de Contêineres da empresa, localizado na margem esquerda do cais santista. Além disso, a chegada dos equipamentos está alinhada ao conceito de economia de baixo carbono e à sustentabilidade do crescimento da atividade portuária.

Segundo a Santos Brasil, foram investidos US$ 45 milhões (mais de R$ 218 milhões), sendo US$ 22 milhões nos e-RTGs e US$ 23 milhões nos portêineres. Outros R$ 40 milhões serão investidos em obras de infraestrutura elétrica e civil para adequar o pátio do terminal aos novos equipamentos.

Os oito e-RTGs vêm se somar aos demais 39 a diesel, que atualmente estão em operação. Já com os dois novos portêineres, a frota de guindastes de cais do terminal passará para 13 (dez da marca ZPMC e três IMPSA), sendo eles todos elétricos.

A operação para a retirada dos equipamentos do navio deve levar cerca de oito dias e envolve engenheiros do fabricante, além dos times de manutenção, segurança do trabalho, tecnologia da informação, operações e infraestrutura da Santos Brasil. A previsão é que os equipamentos entrem em operação no primeiro trimestre de 2024.

Descarbonização

Os equipamentos são parte importante das várias iniciativas já em implantação pela Santos Brasil para se tornar carbono neutro até 2040. Compõem também o projeto de ampliação e modernização do Tecon Santos, que receberá investimentos de cerca de R$ 2,6 bilhões (em valores atualizados) até 2031 para aumentar sua capacidade dos atuais 2,4 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para 3 milhões de TEU.

Segundo a empresa, a substituição de um RTG tradicional por um modelo elétrico permite a diminuição de cerca de 21 toneladas de CO2 por mês de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A eletrificação total dos guindastes de pátio (RTGs) levará a uma redução de 97% das emissões de GEE desses equipamentos no terminal. Serão 713 toneladas de CO2 por mês a menos lançadas na atmosfera. O aumento do consumo de energia do Tecon Santos será compensado por meio da compra de energia renovável (I-REC).

“Estamos iniciando um movimento importante para o crescimento sustentável do porto, aumentando a capacidade do Tecon Santos sem impactos significativos no meio ambiente. Ganham a sociedade, o setor e a companhia”, comentou Antonio Carlos Sepúlveda, diretor-presidente da Santos Brasil.

Fonte: BENews

Redação

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