Mulheres ainda são raridade nos cargos de liderança no Brasil
Panorama revelado em pesquisa é a base das palestras e discussões no congresso Life, promovido pela ABRH em São Paulo.
Um estudo inédito, realizado pela Page Executive e Fundação Dom Cabral, revela que o alto comando das empresas brasileiras ainda tem baixa representatividade de mulheres na liderança de suas operações. A este cenário somam-se outros temas da atualidade, como etarismo e inclusão LGBTQIA+, destaques na agenda das principais corporações no País, e que serão discutidos no congresso Life – Liderança Feminina em Movimento, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional São Paulo (ABRH-SP), no dia 5 de agosto, em São Paulo.
A pesquisa “Trajetória de CEOs no Brasil” (Page Executive/Dom Cabral) revela que 1 em cada 10 mulheres ou negros ocupa a posição de CEO no País. O estudo foi realizado em vários setores da economia, como Indústria, Finanças, Tecnologia, Saúde, Engenharia, Agronegócio, Alimentos, Minas e Energia.
Também a ABRH-SP, organizadora do Life, que nesta 7ª edição presencial tem como tema “Liderança Feminina: Diálogos Estratégicos para a Equidade”, promoveu uma enquete no LinkedIn em que 89% dos participantes ratificam a percepção da baixa representatividade de mulheres como líderes nas organizações.
Outra questão da enquete, “Efetivamente, as empresas estão realizando ações para promover a ascensão feminina aos mais altos cargos de liderança?”, concentrou 41% das respostas em “sim” e 69% em “não”, o que coloca em discussão a necessidade de programas e iniciativas mais efetivas para que as mulheres possam atingir as altas posições de comando.
“Todos os temas selecionados para o Life deste ano, seja sobre liderança feminina, inclusão ou sobre diversidade, refletem não apenas uma realidade nacional, mas também um panorama global”, afirma Janine Goulart, vice-presidente da ABRH-SP.
Para Livia Mandelli, coordenadora de conteúdo do Life, o congresso vem como uma oportunidade para desenvolver diálogos estratégicos sobre a liderança feminina. “À medida que entendemos as tendências nacionais e internacionais, consideramos que o debate é mais que bem-vindo neste momento”, diz.
Na extensa programação ao longo do dia, composta por palestras magnas, painéis simultâneos e talk shows, o evento vai destacar os desafios do posicionamento feminino para as transformações organizacionais, a cultura de inovação pelo olhar de mães, pais e figuras parentais das equipes, entre outros temas. “Para cada um destes assuntos há muitas perguntas, mas também muitos debates, que serão conduzidos por representantes das principais corporações brasileiras”, ressalta Janine.